Cygnus olor (Gmelin, 1789)

AphiaID: 159090

Cisne-mudo

Biota (Superdominio) > Animalia (Reino) > Chordata (Filo) > Vertebrata (Subfilo) > Gnathostomata (Infrafilo) > Tetrapoda (Megaclasse) > Reptilia (Superclasse) > Aves (Classe) > Anseriformes (Ordem) > Anatidae (Familia) > Cygnus (Genero)

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Registos OMARE: 1
Registos OBIS: 0

Descrição

Enorme ave aquática de plumagem branca, pescoço comprido em forma de S, bico alaranjado com protuberância preta, facilmente reconhecida por todos e encontrada pontualmente de norte a sul do nosso país em diversos tipos de zonas húmidas como estuários, rias, pauis, albufeiras, açudes, lagoas e lagos de jardins urbanos, mas que não integra a Lista Sistemática das Aves de Portugal Continental (Anuário Ornitológico 5: 74-132 R. Matias et al. 2007). Apesar do nome, vocalizam, no entanto é o som vibrante do batimento das suas asas em voo que mais desperta a atenção ao lembrar o funcionamento de um qualquer mecanismo metálico. Nas regiões de origem alguns cisnes genuinamente selvagens não demonstram timidez face à presença humana, o que, aliado ao facto de, por vezes, alguns escaparem dos jardins onde são adotados como aves ornamentais, torna difícil determinar a proveniência dos indivíduos observados em liberdade em Portugal. É considerado indígena no centro e no noroeste do continente europeu, incluindo as Ilhas Britânicas e o sul da Península Escandinava. Exclui-se a Península Ibérica onde em tempos muito remotos ocorreu naturalmente mas agora é apenas considerado uma raridade. Também se distribui pela Ásia até ao seu extremo oriental. Atualmente em várias partes do globo a espécie conta com o estabelecimento de populações ferais, ou seja, oriundas do cativeiro acabaram por regressar à natureza, desde praticamente todo o hemisfério norte, incluindo os Estados Unidos da América e o Canadá, até às distantes regiões austrais como a Nova Zelândia.

 

No litoral norte de Portugal foram introduzidos nos parques das cidades do Porto e da Póvoa de Varzim e na margem esquerda do estuário do Lima. Até ao final do ano de 2020 no estuário do Cávado eram conhecidas as seguintes ocorrências:

 

– 6 indivíduos entre outubro de 2003 e o restante período de inverno;

– 2 indivíduos entre setembro de 2004 e o restante período de inverno;

– 2 indivíduos entre setembro de 2005 e o restante período de inverno;

– 1 indivíduo entre outubro de 2009 e novembro seguinte;

– 1 indivíduo entre maio de 2010 e março de 2011;

– 1 indivíduo entre agosto e novembro de 2011;

– 1 indivíduo em março de 2016 (com anilha de criador).

 

As datas e sobretudo o comportamento aparentemente domesticado das aves dos três últimos casos indicam que adquiriram a liberdade depois de escaparem ao cativeiro. Nos quatro primeiros casos, por obedecerem aos padrões genuínos – a ocorrer nesta região a espécie seria invernante em fuga a vagas de frio – não pode ser afastada em absoluto a possibilidade da origem selvagem, sobretudo do bando de seis aves se considerarmos que esta espécie migra habitualmente em pequenos grupos familiares.

Estatuto de Conservação

Informação Adicional

Pesquise mais sobre Cygnus olor > https://www.iucnredlist.org/

Referências Internacionais

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basis of record Banks, R.C., R.W. McDiarmid, and A.L. Gardner. 1987. Checklist of vertebrates of the United States, the U.S. Territories, and Canada. U.S. Fish and Wildlife Service Resource Publication No. 166. 79 p. [details]

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Última atualização: 12 Out. 2021
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