Palaemon serratus (Pennant, 1777)
AphiaID: 107616
AphiaID: 107616
Biota (Superdominio) > Animalia (Reino) > Arthropoda (Filo) > Crustacea (Subfilo) > Multicrustacea (Superclasse) > Malacostraca (Classe) > Eumalacostraca (Subclasse) > Eucarida (Superordem) > Decapoda (Ordem) > Pleocyemata (Subordem) > Caridea (Infraordem) > Palaemonoidea (Superfamilia) > Palaemonidae (Familia) > Palaemon (Genero)
O camarão-branco-legítimo, P. serratus, apresenta as seguintes características: corpo alongado que pode atingir cerca de 11 cm de comprimento total; cor acinzentada a rosa-pálido com estrias mais escuras; rostro estreito comprido e ligeiramente recurvado com 6-8 dentes na margem superior e 4-5 dentes na margem inferior, terminando em 2 dentes; 2 espinhos no bordo anterior da carapaça; telson com dois pares de espinhos, entre os quais se encontra um par de sedas plumosas.
Esta espécie apresenta, como a maioria dos crustáceos, dimorfismo sexual. Os machos apresentam uma protuberância entre as bases do 5o par de pereiópodes e, nas fêmeas, o espaço entre as bases do 5o par de pereiópodes é superior ao dos machos.
Encontra-se desde a costa europeia do Atlântico Norte temperado ao Mediterrâneo (da Grécia até ao estreito de Gilbraltar), no Mar Negro, na costa de Marrocos e da Mauritânea. Em Portugal está presente ao longo de toda a costa continental e nos Açores, sendo mais abundante e de maiores dimensões no Norte do país.
É uma espécie costeira, bentónica, que se encontra desde a zona intertidal inferior (em poças) à zona infralitoral até cerca de 50 m de profundidade, podendo penetrar na parte inferior dos estuários. Habita fundos arenosos e rochosos.
P. serratus é uma espécie essencialmente omnívora, com tendência a ser carnívora, variando a composição da dieta com o tamanho e fase do ciclo de vida dos indivíduos. As larvas alimentam-se de zooplâncton e os juvenis de anfípodes, cnidários e misidáceos. Os adultos alimentam-se de animais vivos, como pequenos crustáceos (isópodes e decápodes), moluscos (gastrópodes e bivalves), poliquetas, pequenos peixes, de matéria orgânica em decomposição e de algas, podendo mesmo praticar canibalismo.
Esta espécie apresenta, como a maioria dos crustáceos, máxima actividade durante a noite, encontrando-se assim mais protegida dos seus predadores, nomeadamente dos peixes que utilizam a visão para a detecção das suas presas.
Palemon serratus (Pennant, 1777)
Palemon treillianus (Risso, 1816)
Pesquise mais sobre Palaemon serratus > World Register of Marine Species (WoRMS)
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