Alosa alosa (Linnaeus, 1758)

AphiaID: 126413

Código Natura 2000: 1102

Sável

Biota (Superdominio) > Animalia (Reino) > Chordata (Filo) > Vertebrata (Subfilo) > Gnathostomata (Infrafilo) > Osteichthyes (Parvfilo) > Actinopterygii (Gigaclasse) > Actinopteri (Superclasse) > Teleostei (Classe) > Clupeiformes (Ordem) > Alosidae (Familia) > Alosa (Genero)

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Registos OMARE: 1
Registos OBIS: 307

Descrição

Apresenta cor azul, cabeça acastanhada com um tom dourado no opérculo e os flancos prateados;

O corpo é comprimido lateralmente, bastante alto, e a cabeça é curta e alta, triangular e comprimida;

A boca é fendida obliquamente, os dentes são quase impercetíveis nos indivíduos adultos;

Os olhos são pequenos;

A cobertura branquial é sulcada e as escamas de grandes dimensões;

Os opérculos são pequenos e finamente pigmentados de negro;

A barbatana dorsal está situada ao nível das ventrais, sendo um pouco mais comprida do que estas;

É um peixe de grandes dimensões, podendo atingir os 70 cm de comprimento, mas geralmente mede 30-50 cm, e pesar cerca de 4,5 Kg, sendo as fêmeas, normalmente, de maiores dimensões que os machos;

Pode atingir os 8 anos de idade.

Distribuição geográfica

Costa Atlântica, do norte da África até a Escandinávia e partes ocidentais do Mediterrâneo.

Atualmente é uma espécie rara na Europa do Norte e ilhas Britânicas, e é considerada extinta em alguns rios europeus.

Em Portugal as populações têm vindo a decrescer drasticamente.

Habitat

Habitat: Espécie pelágica (até aos 300m de profundidade). Os juvenis permanecem próximos da costa e dos estuários.

Vive no mar até atingir a fase adulta.

Para se reproduzir procura rios de maiores dimensões e de corrente moderada.

Alimentação: Em água doce, as larvas de sável alimentam-se de zooplâncton e larvas de dípteros;

Em água salobra, os alevins alimentam-se de zooplâncton, larvas e adultos de insetos, sedimento e material vegetal e ainda crustáceos;

No mar, os adultos alimentam-se de zooplâncton, podendo os indivíduos de maior porte ingerir outros peixes.

Durante a migração reprodutora em águas doces não se alimentam (Doadrio 2001).

Reprodução: Espécie anádroma.

Atinge a maturidade sexual aos 4-6 anos de idade, altura em que inicia a migração para o rio em que nasceu. Os indivíduos raramente efetuam mais que uma migração reprodutora, morrendo após a desova.

A migração decorre entre março e julho e a reprodução entre maio e julho. A desova ocorre no leito do rio, a profundidades inferiores a 1.5 m, em fundo arenoso ou de cascalho.

Os ovos demoram 3 a 8 dias a eclodir, em função da temperatura da água. Depois da eclosão, as larvas e juvenis de sável vivem nos rios durante 4 a 5 meses. Passam depois 4 a 6 meses nos estuários, dirigindo-se para o mar no final da primavera seguinte (Taverny 1991).

 

Características identificativas

  • 85 a 130 branquispinhas do primeiro arco branquial.
  • Branquispinhas do primeiro arco branquial maiores que os filamentos branquiais, muito compridos e finos.

Facilmente confundível com:

Estatuto de Conservação

Legislação aplicável:

EU Habitats Directive Annex II
EU Habitats Directive Annex V
Bern Convention Annex III
Revised Annex I of Resolution 6 (1998) of the Bern Convention listing the species requiring specific habitat conservation measures (year of revision 2011)
Annex III of SPA and Biodiversity Protocol of Barcelona Convention
Initial OSPAR List of Threatened and/or Declining Species and Habitats (Reference Number: 2003-14) in addition to Annex V

Sinónimos

Alausa vulgaris Valenciennes, 1847
Alosa alosa alosa (Linnaeus, 1758)
Alosa communis Yarrell, 1836
Alosa cuvieri Malm, 1877
Alosa cuvierii Malm, 1877
Alosa rusa Mauduyt, 1848
Clupea alosa Linnaeus, 1758
Clupea alosa Linnaeus, 1758

Informação Adicional

Tamanho mínimo de captura – 300 mm.

Pesquise mais sobre Alosa alosa > ICNF  ~ IUCN Red List ~ MarLIN ~ Naturlink

Referências Internacionais

Manual Prático De Identificação de Peixes Ósseos da Costa Continental Portuguesa – IPMA (2015)

WHITEHEAD, P.J.P.; BAUCHOT, M.-L.; HUREU, J.-C.; NIELSEN, J.; TORTONESE, E. (Eds), 1986. FNAM – Fishes of the North – Eastern Atlantic and the Mediterranean. UNESCO, Paris.

original description Linnaeus, C. (1758). Systema Naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. Editio decima, reformata. Laurentius Salvius: Holmiae. ii, 824 pp., available online at https://doi.org/10.5962/bhl.title.542 [details]

additional source Cattrijsse, A.; Vincx, M. (2001). Biodiversity of the benthos and the avifauna of the Belgian coastal waters: summary of data collected between 1970 and 1998. Sustainable Management of the North Sea. Federal Office for Scientific, Technical and Cultural Affairs: Brussel, Belgium. 48 pp. [details]

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ecology source Looby, A.; Erbe, C.; Bravo, S.; Cox, K.; Davies, H.L.; Di Iorio, L.; Jézéque, Y.; Juanes, F.; Martin, C.W.; Mooney, T.A.; Radford, C.; Reynolds, L.K.; Rice, A.N.; Riera, A.; Rountree, R.; Sprie, B.; Stanley, J.; Vela, S.; Parsons, M.J.G. Underwater Soniferous Behavior Trait Provided in the World Register of Marine Species. (In preparation). [details]

Última atualização: 20 Mai. 2019
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